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A Direção da Apifarma à qual foi reconduzido João Almeida Lopes sublinha que «todos têm defendido, em uníssono, que Portugal precisa de uma lei de programação que dê estabilidade e ajuste o orçamento do Sis- tema de Saúde às reais necessidades dos cidadãos».
Na sua ótica, é necessária uma visão de longo prazo para garantir «a sustentabilidade do SNS e o acesso de todos os portugueses aos cuidados que necessitam, independentemente da sua condição socioeconómica ou geográfica». Para reforçar a sua argumentação, Almeida Lopes socorreu-se da intervenção do Presidente da República, que tem dando eco à legitimação de um «pacto da Saúde», algo que tem gerado consenso entre as oito ordens de profissionais da Saúde em torno deste tema. Este acordo, segundo o líder da APIFARMA, vem sustentar a tese de que «estão criadas as condições na sociedade portuguesa» para avançar para «uma lei plurianual que adapte o orçamento, garanta a sustentabilidade do SNS e promova a excelência em Saúde».
O Presidente da República referia a respeito recentemente que "é preciso um acordo básico entre partidos políticos e parceiros económicos e sociais (para a Saúde), ou terá de se continuar a pensar legislatura a legislatura, ou mesmo só ano a ano, ou seja, orçamento a orçamento".
De acordo com o responsável máximo da APIFARMA, «só esta visão garantirá aos portugueses o acesso aos melhores cuidados e a sustentabilidade do SNS, sem depender exclusivamente da boa vontade dos profissionais e dos parceiros económicos, políticos e sociais da Saúde».
Com efeito a tutela, mediante a ação do INFARMED, tem sido criticada por atrasar a entrada das novas terapêuticas e tecnologias no Sistema de Saúde português. Almeida Lopes acredita que as novas parcerias vão ajudar a encontrar uma solução para esbater este problema. «Temos, enquanto sociedade, a responsabilidade e o dever de encontrar modelos que garantam o acesso de todos os cidadãos às terapêuticas mais avançadas. As novas tecnologias de Saúde influenciam diretamente uma crescente longevidade e qualidade da vida humana. São um contributo para um envelhecimento saudável e ativo das populações, com mais anos de vida produtiva e acrescida capacidade de intervenção social e familiar».
Assim, «devemos olhar para a inovação em Saúde como uma oportunidade de gerar valor para o doente, primeiro destinatário da nossa atividade, mas também para toda a sociedade», referiu, adiantando que urge dar vida a um novo paradigma, uma nova partilha de ideias e de projetos, algo que «a APIFARMA assume como um desígnio nacional, mas que exige diálogo e um compromisso de todos os intervenientes da Saúde. É um ambiente de cooperação que é não só fundamental para o futuro da Saúde em Portugal, mas essencial para a afirmação internacional da orientação inovadora do nosso país e da excelência da investigação e prática das ciências da vida».
*Excertos in Cision 01/03/2017