Alguno de los términos más buscados
Muitas têm sido as vozes que se têm insurgido contra os cortes na saúde e o potencial perigo de que o SNS se transforme numa ferramenta obsoleta na gestão da Saúde públicas
Recentemente o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) comentou o facto de o investimento no Serviço Nacional da Saúde (SNS) estar em queda desde 2009, o que "coloca em causa a prestação de cuidados de saúde" recordando ainda o significativo aumento do montante das dívidas aos fornecedores de bens e serviços do SNS.
Com efeito, a sustentabilidade do Sistema Nacional de Saúde tem sido, em larga medida garantida, pela Indústria que vem fornecendo pese embora os valores da dívida pública, pese embora o facto de a grande maioria das empresas que fornecem o SNS serem Pequenas e Médias Empresas (PME) e que as dívidas põem em causa a sua subsistência.
Nas palavras do presidente da APAH, a referida diminuição de investimento "põe em causa a prestação de cuidados do sistema e a captação dos melhores recursos humanos do setor".
Em relação ao tema da dívida ao setor adiantou que esta se encontra "estabilizada em relação aos anos anteriores" e recordou que, em 2011, o SNS "atingiu um momento total de rotura com uma dívida a fornecedores muito perto dos 3.000 milhões de euros, tendo sido necessárias várias injeções de financiamento".
Mais afirmou que "A situação merece um acompanhamento profundo. Não é uma situação confortável para nenhuma das partes. Os administradores também vivem dificuldades na relação com os fornecedores sobre esta dívida".
No passado dia 26 de abril, no âmbito deste conjunto de audições sobre o significativo aumento do montante das dívidas aos fornecedores de bens e serviços do SNS, o presidente da Apifarma revelou que a dívida dos hospitais públicos à indústria farmacêutica atingiu os 892 milhões de euros em março.
Também o secretário-geral da Apormed indicou, no mesmo dia, que em março deste ano a dívida dos hospitais públicos a estas empresas situava-se nos 272,2 milhões de euros, dos quais 175,6 milhões de euros são dívidas vencidas a mais de 90 dias.