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Os hospitais vão receber mais verba para pagar as suas dívidas conforme aprovou o Ministério das Finanças através de um reforço especial.
Esta medida é algo contraditória tendo em conta os mais recentes dados comunicados a respeito da dívida pública na área da saúde que denotavam que os valores devidos pelos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) nunca estiveram tão baixos.
Nas próximas linhas analisaremos o estado da dívida e quais as previsões para a sua regularização.
Em Setembro passado o número dos hospitais que não cumpre a lei dos compromissos subiu de 4 para 19 segundo os dados da DGO.
Isto quer dizer que 19 hospitais do SNS não estão a cumprir com a regra da previsão da despesa a 90 dias bem como as obrigações de pagamento e por isso, estão claramente a acumular dívida, isto não obstante os dados oficiais do Governo que determinavam a descida da dívida a valores record.
Outros dados publicados pela DGO estabeleceram que no terceiro trimestre de 2015, 20 hospitais pagaram em atraso, como é o caso do Centro Hospitalar de Setúbal ou o Centro Hospitalar do Médio Tejo.
Por outra parte e segundo dados do Infarmed a despesa com medicamentos aumentou cerca de 17% em maio passado representando cerca de 470 milhões de euros no orçamento do SNS.
Dizem os dados publicados em Setembro pela DGO que a dívida da Saúde que em 2011 somava mais de 1.718 milhões de euros era em Setembro de 2015 apenas 437 milhões de euros.
Apesar das previsões optimistas da DGO em Setembro passado, a recente aprovação de uma injecção de capital nos hospitais gerou alguma desconfiança no mercado, tendo inclusivamente Marta Temido, a Presidente dos Administradores Hospitalares dito que os “sinais são contraditórios” e que alguém está a dar “informação errada”.
Ante este quadro, é expectável a aprovação de algumas medidas adicionais a nível da gestão da dívida dos hospitais ou até mesmo novas injecções de capital.